_____________________________________________
Amar as palavras
é inventar o vento
através da noite
em pleno dia
Se desapareço
grão por entre grãos
é porque deus adormece
como um astro imóvel
polvilhado de pólen
Onde estiver serei
o sono do amor
num claro jardim
e como se estivesse morto
as ervas hão-de romper
das minhas unhas verdes
e a minha boca terá
a ébria frescura
da plenitude do espaço
in Numa Folha, leve e livre, p. 17 (Abril de 2013)
Sem comentários:
Enviar um comentário