quarta-feira, 2 de outubro de 2013

_____________________________________________

Amar as palavras
é inventar o vento
através da noite
em pleno dia

Se desapareço
grão por entre grãos
é porque deus adormece
como um astro imóvel
polvilhado de pólen

Onde estiver serei
o sono do amor
num claro jardim
e como se estivesse morto
as ervas hão-de romper
das minhas unhas verdes
e a minha boca terá
a ébria frescura
da plenitude do espaço



in Numa Folha, leve e livre, p. 17 (Abril de 2013)


Sem comentários:

Enviar um comentário