Terrível é o homem em quem o Senhor
desmaiou o olhar furtivo das searas
ou reclinou a cabeça
ou aquele disposto a virar decisivamente a esquina.
Não há conspiração de folhas que atapete
a sua despedida. Nem ombro para o seu ombro
quando caminha pela tarde acima.
A morte é a grande palavra desse homem:
não há outra que o diga a ele próprio.
É terrível ter o destino
da onda anónima morta na praia.
Ruy Belo, in Aquele Grande Rio Eufrates (1961).
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