terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Dá-me um pouco de ti,



Dá-me um pouco de ti, enche meu copo

com a chuva que ontem te tocou o cabelo,

fios de manancial, gotas de maio

na escura pureza de sua forma

deixa que me acaricie a garganta

e esclareça a voz para nomear-te

seu canal apressado, mar ou rio

ressoando até ao fim.Decantarei

o fundo de cristal com os resíduos

do líquido que molda o teu deleite.

Nas orelhas a sede serão os lábios

noturnos animais que celebrem

o correr vermelhão de nosso sangue

um hálito do bosque a flor de água.


Jorge Valdés Díaz-Vélez.


(mudado do castelhano por (...aj c.))


http://es.wikipedia.org/wiki/Jorge_Vald%C3%A9s_D%C3%ADaz-V%C3%A9lez


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