segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Vertical
o céu,
o amor.

Horizontal
a passagem
da nuvem.

Uma linha de terra
e desejo
nas nossas bocas.

Inclinemo-nos,
um para o outro
na mesa dos lábios.

Tu és o arco celeste,
eu sou a flecha do cometa
no vértice do teu corpo.

Abismo ou sangue cingindo,
a nudez da tarde
nos pertence.

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(texto e imagens: antónio carneiro)

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