domingo, 1 de setembro de 2013

A fina, a doce ferida

A fina, a doce ferida 
Que foi a dor do meu gozo
Deixou quebranto amoroso
Na cicatriz dolorida.

Por que ardor pecaminoso
Ateou a esta alma perdida
A fina, a doce ferida
Que foi a dor do meu gozo.

Como uma adaga partida
Punge o golpe voluptuoso...
Que no peito sem repouso
Me arderá por toda a vida
A fina, a doce ferida...

- Manuel Bandeira, in Estrela da Vida Inteira", Editora Record/Altaya

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