Era uma vez
uma gota de chuva.
Mas era, palavra de homem, uma gota,
mesmo,
de chuva verdadeira.
O charco onde caiu era amplo,
não tinha só gotas de chuva,
tinha outros tipos de líquidos,
com diferentes graus de pureza aquática,
de várias proveniências.
-Que faço eu aqui?-pensou a gotinha.
-Que chatice de poça!- pensei eu,
quando metia o sapato na poça.
Era só mais uma gota de chuva,
juntando-se a outras centenas delas.
Havia, então, uma poça onde chapinhei
quando a mente sonhava nas nuvens.
Havia uma gota nela
que ainda era um pouco nuvem
e eu não dei por ela.
Quem da fonte se perdeu,
a gota ou eu?
...aj c.
(16-11-2010)
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