quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tu de verdade, e para ti minha vida.
Rosa de sempre, o mortal te sabe
de memória e amor. O que é que em ti não cabe?
Meu verso para ti. Tu, sua medida.
Pedaço de meu tempo, de minha ferida,
levas-me e eu te levo, mar e navio;
Oh Rosa! que fará o lábio que te elogia
mais que louvar-te? O fugaz se olvida,
mas nunca a luz. O velho rio
seguirá seu caminho até ao mar, ao nada.
Pelos ares de Deus a Primavera
seguirá proclamando o poderio
daquilo que passa, Oh Rosa! condenada
por dentro a florescer, a morrer por fora

José Antonio Muñoz Rojas (1909-2009)

(Mudado por mim para português)
foto Yann Grancher

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