sábado, 31 de agosto de 2013
Seamus Heaney (1939-2013)
I thought of walking round and round a space
Utterly empty, utterly a source
Where the decked chestnut tree had lost its place
In our front hedge above the wallflowers.
The white chips jumped and jumped and skited high.
I heard the hatchet’s differentiated
Accurate cut, the crack, the sigh
And collapse of what luxuriated
Through the shocked tips and wreckage of it all.
Deep planted and long gone, my coeval
Chestnut from a jam jar in a hole,
Its heft and hush become a bright nowhere,
A soul ramifying and forever
Silent, beyond silence listened for.
...
imaginei-me andando à volta e à volta de um espaço
completamente vazio, inteiramente uma fonte
Onde o castanheiro em flor perdera o seu lugar
na sebe em frente à casa perto dos goivos.
Saltaram as lascas brancas e ressaltaram alto.
Eu ouvi os golpes do machado certeiros diversos
Apurado golpe, o estalo, o suspiro
e colapsa de tudo o que é luxuriante
Através dos ramos em choque e ruína de tudo aquilo.
Plantada fundo há muito tempo, minha contemporânea
castanha desde um pote de geleia para um buraco,
seu peso e porte tornam-se um silêncio brilhante sem lugar
uma alma ramificando e para sempre
silente, para além do silêncio que se escuta.
S.H. – De Clearances / Clareiras (Trad. antónio carneiro)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário