quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Juan Gelman (1930-2014)
EL JUEGO EN QUE ANDAMOS
Si me dieran a elegir, yo elegiría
esta salud de saber que estamos muy enfermos,
esta dicha de andar tan infelices.
Si me dieran a elegir, yo elegiría
esta inocencia de no ser un inocente,
esta pureza en que ando por impuro.
Si me dieran a elegir, yo elegiría
este amor con que odio,
esta esperanza que come panes desesperados.
Aquí pasa, señores,
que me juego la muerte.
Del libro El juego en que andamos (Buenos Aires, 1956-1958)
GOTÁN
Esa mujer se parecía a la palabra nunca,
desde la nuca le subía un encanto particular,
una especie de olvido donde guardar los ojos,
esa mujer se me instalaba en el costado izquierdo.
Atención atención yo gritaba atención
pero ella invadía como el amor, como la noche,
las últimas señales que hice para el otoño
se acostaron tranquilas bajo el oleaje de sus manos.
Dentro de mí estallaron ruidos secos,
caían a pedazos la furia, la tristeza,
la señora llovía dulcemente
sobre mis huesos parados en la soledad.
Cuando se fue yo tiritaba como un condenado,
con un cuchillo brusco me maté
voy a pasar toda la muerte tendido con su nombre,
él moverá mi boca por la última vez.
Del libro Gotán (Buenos Aires, 1962)
CONFIANZAS
se sienta a la mesa y escribe
«con este poema no tomaras el poder » dice
«con estos versos no harás la Revolución » dice
«ni con miles de versos harás la Revolución » dice
y más: esos versos no han de servirle para
que peones maestros hacheros vivan mejor
coman mejor o el mismo coma viva mejor
ni para enamorar a una le servirán
no ganara plata con ellos
no entrara al cine gratis con ellos
no le darán ropa por ellos
no conseguirá tabaco o vino por ellos
ni papagayos ni bufandas ni barcos
ni toros ni paraguas conseguirá por ellos
si por ellos fuera la lluvia lo mojara
no alcanzara perdón o gracia por ellos
«con este poema no tomaras el poder » dice
«con estos versos no harás la Revolución » dice
«ni con miles de versos harás la Revolución » dice
se sienta a la mesa y escribe
Del libro Relaciones (Buenos Aires, 1971-1973)
EL EXPULSADO
me echaron del palacio/
no me importó/
me desterraron de mi tierra/
caminé por la tierra/
me deportaron de mi lengua/
ella me acompañó/
me apartaste de vos/
y se me pegan los huesos/
me abrasan llamas vivas/
estoy expulsado de mí.
yehuda al-harizi (1170-1237/toledo-provenza-palestina
Del libro Com/posiciones (Paris, 1984-1985)
REGRESOS
La palabra que
cruzó el horror, ¿qué hace?
¿Pasa los campos del delirio
sin protección?
¿Se amansa? ¿Se pudre?
¿No quiere tener alma?
¿Amora todavía, torturada y violada,
tiene figuras remotas
donde un niño de espanto calla?
La palabra
que vuelve del horror, ¿lo nombra
en el infierno de su inocencia?
Del libro Valer la pena (México, 1996-2000)
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
"Nunca o sentido da vida é mais doce do que depois da angústia da dor; e nunca a alma humana se inclina mais para a bondade e para a fé como depois de ter pressentido o abismo da morte. O homem compreende, quando se cura, que o pensamento, o desejo, a vontade, a consciência da vida, não são vida... Ele percebe que a sua vida real é, como sempre foi,, não a que ele vive, mas sim a combinação do involuntário, do espontâneo e das sensações instintivas; é tudo aquilo que é harmonioso e misterioso na vida vegetativa; é oseu imperceptível desenvolvimento em todas as suas metamorfoses e renascimentos. E é precisamente esta vida dentro da qual existe, e nela desperta, o milagre da convalescença: ele cicatriza as feridas, remedeia as perdas, reconstrói os tecidos, renova a carne lacerada, restaura a mecânica dos orgãos (...) e retoca a chama da esperança no coração, abrindo de novo, e uma vez mais, as asas às quimeras da fantasia." *
Gabrielle d'Annunzio (1863-1938).
http://arpose.blogspot.pt/2014/01/os-sentidos-da-vida-segundo-dannunzio.html
domingo, 19 de janeiro de 2014
sábado, 18 de janeiro de 2014
Próxima Paragem
«Próxima Paragem» mostra-nos as transformações operadas na cidade pela Porto2001, Capital Europeia da Cultura, observadas do interior da extensa linha do autocarro 78, entretanto desaparecida.
Próxima Paragem
«Próxima Paragem» mostra-nos as transformações operadas na cidade pela Porto2001, Capital Europeia da Cultura, observadas do interior da extensa linha do autocarro 78, entretanto desaparecida.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
Ergues o olhar:
surpreendes por instantes essa hora em que o mundo envelhece
ténues as variações do branco parecem dissolvê-lo
numa longínqua música, anterior à chuva.
Ou será então a imagem submersa de um filme a preto e branco
Há próximo um branco vibrante:
o da cal ainda recente mas que a humidade salina já a espaços mordeu,
recortando as feridas cinza na varanda a que vens.
Não há ninguém aqui. Quem te chame, digo.
Há o branco baço na parede que em frente em vão separ a rua e praia.
Tendo já transposto essa fronteira incerta ou erguendo-se para lá dela.
Há o branco pobre da areia.
As dunas planetárias sustentam os corpos deitados de mar e céu.
Aí é agora o grande branco:
o clarão velado e difuso que guarda e distribui a memória embaciada
do azul e do verde, do oiro e da prata -
uma lembrança vã.
Tu escreves no visível do mundo essa névoa branca e desolada
que o motor da paisagem produz.
As folhas do ar são como se fome
as levíssimas pétalas,
as vagas sílabas de uma neve -
e essa névoa engolfa, atrasa e apaga na travessia dos simulacros
das coisas supostas e imaginadas que o mundo te envia
enquanto esperas por alguém que não virá.
Manuel Gusmão
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Imperdoável
Bárbara
Cuidado Com A Língua!
Portugal Selvagem - Ep. 3
Biosfera
AntiCrise
Entre Inimigos
Uma Mesa Portuguesa... Com Certeza - Ep. 3
Portugal Selvagem - Ep. 2
Ler +, Ler Melhor
Portugal Em Direto
Agora
Grandes Batalhas da Antiguidade: O Destino de Roma
5 Minutos Com Um Cientista
Dois Homens E Meio T9 - Ep. 21
Sociedade Civil T8 - Ep. 250
Euronews
Estado De Graça
Erva T8 - Ep. 1
Rockefeller 30 T5 - Ep. 1
Rali Dakar 2014
Meu Pai, Humberto Delgado
Iniciativa
NGC: Os Animais Mais Estranhos Do Mundo
Portugal 3.0
Britcom
A Teoria Do Big Bang T6 - Ep. 3
Fátima de A a Z
Super Diva - Ópera Para Todos
Titanic
Palcos
Bairro Alto T5 - Ep. 39
Surrender
1001 Escolhas
Nada Tenho De Meu
NGC: A New Age of Exploration
Grande Entrevista: António Sampaio da Nóvoa
Tec@Net
Reportagem RTP
Grande Área
Mundo Automóvel
Justiça Cega?
Prós E Contras
360º
Correspondentes
Trio D´Ataque
Especial Informação Aga Khan
Reportagem: Respire Fundo
Contas Certas
Economia Verde - Ep. 199
Exame Informática T2 - Ep. 242
Cartaz - Ep. 239
Daily Show T11 - Ep. 51
Jornal De Economia
Volante T6 - Ep. 3
Espaços & Casas T6 - Ep. 1
Toda a Verdade: Ensaios Clínicos de Alto Risco
60 Minutos T4 - Ep. 15
Rotas do Vinho T1 - Ep. 14
Sociedade Das Nações T7 - Ep. 45
Toda a Verdade: Natal sem 'Made in China'
Tempo Extra - Ep. 47
Isto É Matemática T6 - Ep. 1
Imagens De Marca T8 - Ep. 1
O Dia Seguinte T6 - Ep. 44
Panorama BBC: Violadas
Toda a Verdade: Investigação aos Abusos no Mali
Play-Off - Ep. 18
Ponto Contraponto T4 - Ep. 36
Eixo Do Mal T5 - Ep. 47
Toda a Verdade: Nos Bastidores das Marcas de Luxo
Toda a Verdade: Drogas Sintéticas - A Nova Ameaça
A Propósito T1 - Ep. 26
Expresso Da Meia Noite T5 - Ep. 25
Toda a Verdade: Chechénia - Por Detrás da Fachada
Perdidos e Achados: Rádios
Quadratura Do Círculo T5 - Ep. 45
Economia Verde - Ep. 195
Observatório do Mundo: Os Campos de Reeducação
Observatório do Mundo: Como os Islamistas
Política Mesmo
Olhos nos Olhos
Prolongamento
Cinebox
Governo Sombra
Autores
Contragolpe
Fotografia Total
Observatório do Mundo: Vice
CNN Backstory
Mais Futebol
Prova dos Nove
Ganhar Mundo
Observatório do Mundo: Os Segredos do Universo
Repórter TVI: Eu Sou o Meu Nome
Voar Sem Asas
Regra de Três
Música Para Um Assassinato
Os Abutres
Acerto de Contas
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Grande Entrevista: António Sampaio da Nóvoa
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Economia Verde - Ep. 199
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Espaços & Casas T6 - Ep. 1
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Isto É Matemática T6 - Ep. 1
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Toda a Verdade: Drogas Sintéticas - A Nova Ameaça
A Propósito T1 - Ep. 26
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Perdidos e Achados: Rádios
Quadratura Do Círculo T5 - Ep. 45
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Repórter TVI: Eu Sou o Meu Nome
Voar Sem Asas
Regra de Três
Música Para Um Assassinato
Os Abutres
Acerto de Contas
domingo, 5 de janeiro de 2014
UM POEMA DE NUNO JÚDICE
Quero dizer-te uma coisa simples:
a tua Ausência dói-me.
Refiro-me a essa dor que não
Magoa, que se limita à alma, mas que não deixa,
Por isso, de deixar alguns sinais - um peso Nos olhos, no lugar da tua imagem, e
Um vazio nas mãos, como se tuas mãos lhes
Tivessem roubado o tato. São estas as formas
Do amor, podia dizer-te; e acrescentar que
As coisas simples também podem ser complicadas,
Quando nos damos conta da diferença entre o sonho e a realidade.
Porém, é o sonho que me traz à tua memória; e a
Realidade aproxima-te de ti, agora que
Os dias que correm mais depressa, e as palavras
Ficam presas numa refração de instantes,
Quando a tua voz me chama de dentro de
Mim - e me faz responder-te uma coisa simples,
Como dizer que a tua ausência me dói.
MEIA-NOITE NAVEGANTE
Esta coabitação de pássaros no mesmo ramo...
A luz a cair agarrada às folhas
e o vento a dar-lhes um reverso de sombra
O milagre da árvore saída da terra e ainda
enfiada no escuro mas dirigida toda para o céu
Segredos explodem maravilhas
páginas florestais de livros fechados abrem-se
no exacto momento em que um puríssimo
preto de Rothko é o mar onde a meia noite navega
http://ocabecadecao.blogspot.pt/2014/01/meia-noite.html
Esta coabitação de pássaros no mesmo ramo...
A luz a cair agarrada às folhas
e o vento a dar-lhes um reverso de sombra
O milagre da árvore saída da terra e ainda
enfiada no escuro mas dirigida toda para o céu
Segredos explodem maravilhas
páginas florestais de livros fechados abrem-se
no exacto momento em que um puríssimo
preto de Rothko é o mar onde a meia noite navega
http://ocabecadecao.blogspot.pt/2014/01/meia-noite.html
Como voltar feliz ao meu trabalho
se a noite não me deu nenhum sossego?
A noite, o dia, cartas dum baralho
sempre trocadas neste jogo cego.
Eles dois, inimigos de mãos dadas,
me torturam, envolvem no seu cerco
de fadiga, de dúbias madrugadas:
e tu, quanto mais sofro mais te perco.
Digo ao dia que brilhas para ele,
que desfazes as nuvens do seu rosto;
digo à noite sem estrelas que és o mel
na sua pele escura: o oiro, o gosto.
Mas dia a dia alonga-se a jornada
e cada noite a noite é mais fechada.
William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira
se a noite não me deu nenhum sossego?
A noite, o dia, cartas dum baralho
sempre trocadas neste jogo cego.
Eles dois, inimigos de mãos dadas,
me torturam, envolvem no seu cerco
de fadiga, de dúbias madrugadas:
e tu, quanto mais sofro mais te perco.
Digo ao dia que brilhas para ele,
que desfazes as nuvens do seu rosto;
digo à noite sem estrelas que és o mel
na sua pele escura: o oiro, o gosto.
Mas dia a dia alonga-se a jornada
e cada noite a noite é mais fechada.
William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira
Escrever a preto
que o azul afundou-se no profundo Oceano dessa mesma intensa coloração que também governa
Céu e Terra em parcelas desiguais.
E que se segue agora?
Dias sem fim...
Idas sem volta...
Inolvidáveis janelas abertas à tona das águas
em Noites que não mais negras
apenas longas.
© Copyright Migalhas (100NEXUS_2014)
sábado, 4 de janeiro de 2014
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
The Cure - A Night Like This
The Cure- A Night Like This
Say hello on a day like today
Say it everytime you move
The way that you look at me now
Makes me wish I was you
It goes deep
It goes deeper still
This touch
And the smile and the shake of your head
I'm coming to find you if it takes me all night
Can't stand here like this anymore
For always and ever is always for you
I want it to be perfect
Like before
I want to change it all
I want to change
Say hello on a day like today
Say it everytime you move
The way that you look at me now
Makes me wish I was you
It goes deep
It goes deeper still
This touch
And the smile and the shake of your head
I'm coming to find you if it takes me all night
Can't stand here like this anymore
For always and ever is always for you
I want it to be perfect
Like before
I want to change it all
I want to change
Lua fria -
o vento do ribeiro
aguça os rochedos.
Miura Chora (1729-1780)
...
O frio, o frio -
até o azul se arrepia
no céu e nas águas.
Natsumu Sôseki (1865-1915)
...
Do dia um, a manhã -
na lareira algumas
brasas do ano findo.
Hino Sôjô (1901-1956)
Poema dum Funcionário Cansado
A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só
Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Por que me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço
Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada
mãe estrela música
São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isto todas as noites do mundo numa só noite comprida
num quarto só.
António Ramos Rosa
.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
há uma terra dentro das palavras,
o erro musical.
saberás que a linguagem
não começou ainda
o seu passo perdulário,
não há, no mundo, modos
de dizer o movimento e o imóvel,
o surgir repetido, e quando a água
se levanta sobre as bocas
dos animais,
esta impressão apenas digital
de nenhum sopro,
o liso, limpo silêncio, o frívolo,
o estremecer dos flancos na brancura.
António Franco Alexandre, Poemas (Assírio & Alvim)
o erro musical.
saberás que a linguagem
não começou ainda
o seu passo perdulário,
não há, no mundo, modos
de dizer o movimento e o imóvel,
o surgir repetido, e quando a água
se levanta sobre as bocas
dos animais,
esta impressão apenas digital
de nenhum sopro,
o liso, limpo silêncio, o frívolo,
o estremecer dos flancos na brancura.
António Franco Alexandre, Poemas (Assírio & Alvim)
e a música, a música, quando, como, em que termos extremos
a ouvirei eu,
e ela me salvará da perda da terra, águas que a percorrem,
tão primeiras para o corpo mergulhado,
magníficas,
desmoronadas,
marítimas,
e que eu desapareça na luz delas -
só música ao mesmo tempo nos instrumentos todos,
curto poema completo,
com o autor cá fora salvo no derradeiro instante
numa poalha luminosa?
______________________________ _____________
Herberto Helder, in "Servidões", Assírio & Alvim
.
a ouvirei eu,
e ela me salvará da perda da terra, águas que a percorrem,
tão primeiras para o corpo mergulhado,
magníficas,
desmoronadas,
marítimas,
e que eu desapareça na luz delas -
só música ao mesmo tempo nos instrumentos todos,
curto poema completo,
com o autor cá fora salvo no derradeiro instante
numa poalha luminosa?
______________________________
Herberto Helder, in "Servidões", Assírio & Alvim
.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
As flores nascem, amadurecem, completam-se,
abrem corolas.
- De dentro de ti saem as flores do canto:
derrama-las sobre os homens, sobre eles as esparzes:
tu és cantor!
- Fruí do canto, todos vós,
fruí, dançai, entre as flores respira o canto:
e eu, cantor, respiro no meu canto!
Poemas Ameríndios
mudados para português
Herberto Helder"
.
abrem corolas.
- De dentro de ti saem as flores do canto:
derrama-las sobre os homens, sobre eles as esparzes:
tu és cantor!
- Fruí do canto, todos vós,
fruí, dançai, entre as flores respira o canto:
e eu, cantor, respiro no meu canto!
Poemas Ameríndios
mudados para português
Herberto Helder"
.
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