terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Recordação
Eu bem sei
Que rodo em muitas esferas,
E não sei
Por onde me levas, poesia.
Quando vou,
E não encontro ninguém,
Tenho medo do que sei:
Um filho de sua mãe
E seu pai,
Ou algum longínquo avô,
A quem um poeta sai.
Será também o Deus da infância
E a árvore sagrada
De frutos proibidos,
Na fragrância
Com que rasguei meus vestidos
E não retirei os ninhos...
Enchi de rosas a terra
E levo nas mãos espinhos.
Afonso Duarte (1884-1958)
Post-Scriptum de um combatente
In Obra Poética
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