levanta-te e obedece à criança que foste
vai pelo deserto da idade onde a mentira
corroendo a paisagem se expande dentro
destas pobres imagens desmanteladas
o voo das infelizes aves desprende-se da terra
onde o corpo guardou o remoto canto das luas
dos limos das areias e das primeiras águas
abre agora as pálpebras no quarto escuro
acorda o branco tigre pelo sangue terno do sono
não tenhas medo do dilúvio
onde o rapaz cresce deixa o cortante dia
entornar-se luminoso como um punhal
Al berto
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