quarta-feira, 28 de maio de 2014
Ó Pai do Sol e dos arcos-íris da eternidade
Tu que dás a Luz ao que está nas trevas,
e por entre tempestades nos alcanças em Paz,
Tu que nos dás a beber do cálice da Verdade,
por Ti nos fazes seguir até ao que o coração nos dita,
Ó Pai do Sol e do brilho da Lua
ao cair da noite fixa uma estrela de esperança para nos guiar,
Dirige na cidade inquieta os nossos passos para o Bem,
Ó Pai do Sol e dos mistérios da existência,
Ó silencioso Senhor do Tempo e da lei única do Amor,
Desce dos altos céus com o manto de Alegria vestido
Une a nossa morada num jardim aberto de Liberdade.
e assim eu só viva do que purifica para louvar-TE.
Vitória de Pirro
Vitória pírrica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vitória pírrica ou vitória de Pirro é uma expressão utilizada para expressar uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis.1
A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar osromanos na Batalha de Heracleia, em 280 a.C., e na Batalha de Ásculo, em 279 a.C., durante a Guerra Pírrica. Após a segunda batalha, Plutarco apresenta um relato feito por Dioniso de Halicarnasso:
Os exércitos se separaram; e, diz-se, Pirro teria respondido a um indivíduo que lhe demonstrou alegria pela vitória que "uma outra vitória como esta o arruinaria completamente". Pois ele havia perdido uma parte enorme das forças que trouxera consigo, e quase todos os seus amigos íntimos e principais comandantes; não havia outros homens para formar novos recrutas, e encontrou seus aliados na Itália recuando. Por outro lado, como que numa fonte constantemente fluindo para fora da cidade, o acampamento romano era preenchido rápida e abundantemente por novos recrutas, todos sem deixar sua coragem ser abatida pela perda que sofreram, mas sim extraindo de sua própria ira nova força e resolução para seguir adiante com a guerra.2 |
Esta expressão não se utiliza apenas em contexto militar, mas também está, por analogia, ligada a atividades como economia, política, justiça,literatura e desporto para descrever luta similar, prejudicial ao vencedor.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Kiesza – Hideaway Lyrics
Taking me higher than I’ve ever been before
I’m holding it back, just wanna shout out “give me more”
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Not even I can find a way to stop the storm
Oh, baby, it’s out of my control what’s going on
But you’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more!
You’re sending a shiver up my spine, might overflow
You’re bringing me closer to the edge of letting go
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Pulling my head into the clouds. I’m floating home
When you get me going I can’t find a way to stop
You’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more
[Lyrics to Hideaway by Kiesza]
Taking me higher than I’ve ever been before
I’m holding it back, just wanna shout out “give me more”
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Not even I can find a way to stop the storm
Oh, baby, it’s out of my control what’s going on
But you’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more!
You’re sending a shiver up my spine, might overflow
You’re bringing me closer to the edge of letting go
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Pulling my head into the clouds. I’m floating home
When you get me going I can’t find a way to stop
You’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more
[Lyrics to Hideaway by Kiesza]
domingo, 4 de maio de 2014
Who would true Valour see
Who would true Valour see
Let him come hither;
One here will Constant be,
Come Wind, come Weather.
There's no Discouragement,
Shall make him once Relent,
His first avow'd Intent,
To be a Pilgrim.
Who so beset him round,
With dismal Storys,
Do but themselves Confound;
His Strength the more is.
No Lyon can him fright,
He'l with a Gyant Fight,
But he will have a right,
To be a Pilgrim.
Hobgoblin, nor foul Fiend,
Can daunt his Spirit:
He knows, he at the end,
Shall Life Inherit.
Then Fancies fly away,
He'l fear not what men say,
He'l labour Night and Day,
To be a Pilgrim.
Let him come hither;
One here will Constant be,
Come Wind, come Weather.
There's no Discouragement,
Shall make him once Relent,
His first avow'd Intent,
To be a Pilgrim.
Who so beset him round,
With dismal Storys,
Do but themselves Confound;
His Strength the more is.
No Lyon can him fright,
He'l with a Gyant Fight,
But he will have a right,
To be a Pilgrim.
Hobgoblin, nor foul Fiend,
Can daunt his Spirit:
He knows, he at the end,
Shall Life Inherit.
Then Fancies fly away,
He'l fear not what men say,
He'l labour Night and Day,
To be a Pilgrim.
John Bunyan
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
Carlos Drummond de Andrade (ed. 1985)
Também Carlos Cadilha e Mário Aroso de Almeida defendem que, mesmo a entender-se que o decurso do prazo previsto no 101º do CPTA impede o interessado de impugnar o acto nulo em sede de contencioso pré-contratual, a impugnação deste acto pode ser efectivada, sem dependência de prazo, através da acção administrativa especial[4],i.e., não se pretende atribuir ao interessado a faculdade de deduzir a impugnação contenciosa num prazo mais longo, em detrimento do regime especial do artigo 101º do CPTA, mas antes possibilitar uma reacção jurisdicional que permite assegurar a tutela do regime substantivo da nulidade, tendo em conta que o acto é em si inapto para produzir efeitos jurídicos.
http://catsub72013.blogspot.pt/2013/12/o-prazo-de-um-mes-para-impugnar-um-acto.html
quinta-feira, 1 de maio de 2014
«Imaginemos o que teria sido o país nestes últimos 40 anos, sem o desenvolvimento e o aprofundamento dos sistemas e das funções sociais do Estado. Viveríamos ainda hoje num país subdesenvolvido. Não teríamos com toda a certeza atingido os níveis de desenvolvimento humano que colocam Portugal entre os países mais ricos e detentores de níveis elevados de bem-estar social.
As progressões extraordinárias verificadas no aumento da esperança média de vida, na diminuição drástica da taxa de mortalidade infantil, no incremento da taxa de escolarização, são exemplos bem representativos do avanço civilizacional que o país conheceu nestas últimas quatro décadas.
A construção do Estado social e a decorrente universalização dos sistemas de proteção atenuaram drasticamente a exposição dos indivíduos a um conjunto de riscos sociais e ambientais. Neste sentido, o Estado social tornou-se um elemento insubstituível na organização da vida em comunidade dos indivíduos.
(...) Os portugueses sabem quanto perderiam sem o Estado social para todos, ou mesmo se ficassem limitados a um Estado social de amparo. Sabem sobretudo porque conhecem bem as maneiras como a população em geral dele beneficiou nas últimas décadas. E sabem também que pouca democracia lhes sobrará se não lhes valer este Estado social. A continuidade do Estado social implica a própria continuidade do regime de Portugal.»
Depois de «A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes», o Congresso Democrático das Alternativas publica o livro «Estado Social: De todos para todos», igualmente editado pela Tinta da China e cuja génese remonta à Conferência «Vencer a Crise com o Estado Social e com a Democracia», organizada pelo CDA e que se realizou em Maio do ano passado no Fórum Lisboa, tendo contado com a participação de mais de meio milhar de pessoas inscritas, além de organizações políticas, sociais e sindicais. Lançamento a 30 de Abril.
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2014/04/de-todos-para-todos_19.html
As progressões extraordinárias verificadas no aumento da esperança média de vida, na diminuição drástica da taxa de mortalidade infantil, no incremento da taxa de escolarização, são exemplos bem representativos do avanço civilizacional que o país conheceu nestas últimas quatro décadas.
A construção do Estado social e a decorrente universalização dos sistemas de proteção atenuaram drasticamente a exposição dos indivíduos a um conjunto de riscos sociais e ambientais. Neste sentido, o Estado social tornou-se um elemento insubstituível na organização da vida em comunidade dos indivíduos.
(...) Os portugueses sabem quanto perderiam sem o Estado social para todos, ou mesmo se ficassem limitados a um Estado social de amparo. Sabem sobretudo porque conhecem bem as maneiras como a população em geral dele beneficiou nas últimas décadas. E sabem também que pouca democracia lhes sobrará se não lhes valer este Estado social. A continuidade do Estado social implica a própria continuidade do regime de Portugal.»
Depois de «A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes», o Congresso Democrático das Alternativas publica o livro «Estado Social: De todos para todos», igualmente editado pela Tinta da China e cuja génese remonta à Conferência «Vencer a Crise com o Estado Social e com a Democracia», organizada pelo CDA e que se realizou em Maio do ano passado no Fórum Lisboa, tendo contado com a participação de mais de meio milhar de pessoas inscritas, além de organizações políticas, sociais e sindicais. Lançamento a 30 de Abril.
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2014/04/de-todos-para-todos_19.html
Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir.
Sérgio Godinho
(Canções de Sérgio Godinho)
Soneto do Amor e da Morte
quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.
quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz o nosso amor como se não
tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.
Vasco Graça Moura, in Antologia dos Sessenta Anos
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz o nosso amor como se não
tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.
Vasco Graça Moura, in Antologia dos Sessenta Anos
Simple Twist of Fate
They sat together in the park
As the evening sky grew dark
She looked at him and he felt a spark tingle to his bones
’Twas then he felt alone and wished that he’d gone straight
And watched out for a simple twist of fate
They walked along by the old canal
A little confused, I remember well
And stopped into a strange hotel with a neon burnin’ bright
He felt the heat of the night hit him like a freight train
Moving with a simple twist of fate
A saxophone someplace far off played
As she was walkin’ by the arcade
As the light bust through a beat-up shade where he was wakin’ up,
She dropped a coin into the cup of a blind man at the gate
And forgot about a simple twist of fate
He woke up, the room was bare
He didn’t see her anywhere
He told himself he didn’t care, pushed the window open wide
Felt an emptiness inside to which he just could not relate
Brought on by a simple twist of fate
He hears the ticking of the clocks
And walks along with a parrot that talks
Hunts her down by the waterfront docks where the sailors all come in
Maybe she’ll pick him out again, how long must he wait
Once more for a simple twist of fate
People tell me it’s a sin
To know and feel too much within
I still believe she was my twin, but I lost the ring
She was born in spring, but I was born too late
Blame it on a simple twist of fate
Blame it on a simple twist of fate
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