SOMOS TUDO E SOMOS NADA
vivemos numa segunda camada
o tempo é um interminável túnel
renascemos e reflectimos mitos.
...aj c.
domingo, 26 de junho de 2011
sábado, 19 de março de 2011
dia do pai
Assim aconteceu.
O mundo roda desde os primeiros filhos das estrelas.
de pai para filho, de filho para o mundo.
Assim acontece agora.
Paizinho, ó meu bom espírito.
Aí estás tu, a temperar-me de néctar o caminho
Muitas vezes, aqui estás também
quando te imito e amo os meu filhos em excesso.
Mas neste dia, é de alegria o meu pranto órfão
pois não descansarei até me tornar como tu.
Não foi em vão que me deste amor pleno
e me beijaste na testa o mistério da eternidade.
Amo-te com saudades.
Até breve.
...aj c
foto by Bem
O mundo roda desde os primeiros filhos das estrelas.
de pai para filho, de filho para o mundo.
Assim acontece agora.
Paizinho, ó meu bom espírito.
Aí estás tu, a temperar-me de néctar o caminho
Muitas vezes, aqui estás também
quando te imito e amo os meu filhos em excesso.
Mas neste dia, é de alegria o meu pranto órfão
pois não descansarei até me tornar como tu.
Não foi em vão que me deste amor pleno
e me beijaste na testa o mistério da eternidade.
Amo-te com saudades.
Até breve.
...aj c
foto by Bem
sábado, 15 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
TORMENTA
Que jaz no abismo sob o mar que se ergue?
Nós, Portugal, o poder ser.
Que inquietação do fundo nos soergue?
O desejar poder querer.
Isto, e o mistério de que a noite é o fausto...
Mas súbito, onde o vento ruge,
O relâmpago, farol de Deus, um hausto
Brilha, e o mar escuro estruge.
26-2-1934
Mensagem. Fernando Pessoa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934 (Lisboa: Ática, 10ª ed. 1972).
- 100.sábado, 1 de janeiro de 2011
se alguém respirasse e cantasse uma palavra,
e súbito fosse respirado por ela, fosse
cantado assim
de puro júbilo ou, quem sabe? de medo puro,
poria no termo o selo de si mesmo?
quem é que sabe onde fica o mundo?
e de quê e de quem e de como é composto e dito,
de como uma palavra, uma só, regula
ininterruptamente tudo, e alguém a põe em uso,
oh glória idiomática,
e é posto e disposto até que abuso de que espécie de infuso espírito
das profundezas dessa palavra
(Herberto Helder, in A Faca Não Corta O Fogo)
e súbito fosse respirado por ela, fosse
cantado assim
de puro júbilo ou, quem sabe? de medo puro,
poria no termo o selo de si mesmo?
quem é que sabe onde fica o mundo?
e de quê e de quem e de como é composto e dito,
de como uma palavra, uma só, regula
ininterruptamente tudo, e alguém a põe em uso,
oh glória idiomática,
e é posto e disposto até que abuso de que espécie de infuso espírito
das profundezas dessa palavra
(Herberto Helder, in A Faca Não Corta O Fogo)
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