caderno01-ajc
terça-feira, 3 de junho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Ó Pai do Sol e dos arcos-íris da eternidade
Tu que dás a Luz ao que está nas trevas,
e por entre tempestades nos alcanças em Paz,
Tu que nos dás a beber do cálice da Verdade,
por Ti nos fazes seguir até ao que o coração nos dita,
Ó Pai do Sol e do brilho da Lua
ao cair da noite fixa uma estrela de esperança para nos guiar,
Dirige na cidade inquieta os nossos passos para o Bem,
Ó Pai do Sol e dos mistérios da existência,
Ó silencioso Senhor do Tempo e da lei única do Amor,
Desce dos altos céus com o manto de Alegria vestido
Une a nossa morada num jardim aberto de Liberdade.
e assim eu só viva do que purifica para louvar-TE.
Vitória de Pirro
Vitória pírrica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vitória pírrica ou vitória de Pirro é uma expressão utilizada para expressar uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis.1
A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar osromanos na Batalha de Heracleia, em 280 a.C., e na Batalha de Ásculo, em 279 a.C., durante a Guerra Pírrica. Após a segunda batalha, Plutarco apresenta um relato feito por Dioniso de Halicarnasso:
Os exércitos se separaram; e, diz-se, Pirro teria respondido a um indivíduo que lhe demonstrou alegria pela vitória que "uma outra vitória como esta o arruinaria completamente". Pois ele havia perdido uma parte enorme das forças que trouxera consigo, e quase todos os seus amigos íntimos e principais comandantes; não havia outros homens para formar novos recrutas, e encontrou seus aliados na Itália recuando. Por outro lado, como que numa fonte constantemente fluindo para fora da cidade, o acampamento romano era preenchido rápida e abundantemente por novos recrutas, todos sem deixar sua coragem ser abatida pela perda que sofreram, mas sim extraindo de sua própria ira nova força e resolução para seguir adiante com a guerra.2 |
Esta expressão não se utiliza apenas em contexto militar, mas também está, por analogia, ligada a atividades como economia, política, justiça,literatura e desporto para descrever luta similar, prejudicial ao vencedor.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Kiesza – Hideaway Lyrics
Taking me higher than I’ve ever been before
I’m holding it back, just wanna shout out “give me more”
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Not even I can find a way to stop the storm
Oh, baby, it’s out of my control what’s going on
But you’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more!
You’re sending a shiver up my spine, might overflow
You’re bringing me closer to the edge of letting go
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Pulling my head into the clouds. I’m floating home
When you get me going I can’t find a way to stop
You’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more
[Lyrics to Hideaway by Kiesza]
Taking me higher than I’ve ever been before
I’m holding it back, just wanna shout out “give me more”
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Not even I can find a way to stop the storm
Oh, baby, it’s out of my control what’s going on
But you’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more!
You’re sending a shiver up my spine, might overflow
You’re bringing me closer to the edge of letting go
You’re just a hideaway, you’re just a feeling
You let my heart escape, beyond the meaning
Pulling my head into the clouds. I’m floating home
When you get me going I can’t find a way to stop
You’re just a chance I take to keep on dreaming
You’re just another day that keeps me breathing
Baby, I love the way that there’s nothing sure
Baby, don’t stop me, hide away with me some more
[Lyrics to Hideaway by Kiesza]
domingo, 4 de maio de 2014
Who would true Valour see
Who would true Valour see
Let him come hither;
One here will Constant be,
Come Wind, come Weather.
There's no Discouragement,
Shall make him once Relent,
His first avow'd Intent,
To be a Pilgrim.
Who so beset him round,
With dismal Storys,
Do but themselves Confound;
His Strength the more is.
No Lyon can him fright,
He'l with a Gyant Fight,
But he will have a right,
To be a Pilgrim.
Hobgoblin, nor foul Fiend,
Can daunt his Spirit:
He knows, he at the end,
Shall Life Inherit.
Then Fancies fly away,
He'l fear not what men say,
He'l labour Night and Day,
To be a Pilgrim.
Let him come hither;
One here will Constant be,
Come Wind, come Weather.
There's no Discouragement,
Shall make him once Relent,
His first avow'd Intent,
To be a Pilgrim.
Who so beset him round,
With dismal Storys,
Do but themselves Confound;
His Strength the more is.
No Lyon can him fright,
He'l with a Gyant Fight,
But he will have a right,
To be a Pilgrim.
Hobgoblin, nor foul Fiend,
Can daunt his Spirit:
He knows, he at the end,
Shall Life Inherit.
Then Fancies fly away,
He'l fear not what men say,
He'l labour Night and Day,
To be a Pilgrim.
John Bunyan
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
Carlos Drummond de Andrade (ed. 1985)
Subscrever:
Mensagens (Atom)